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Térmitas, o que são e como prevenir

Térmitas, o que são e como prevenir

Portugal tem vindo, cada vez mais, a ser atacado por térmitas nas últimas décadas. Mas o que são térmitas?
As térmitas são animais invertebrados do filo dos artrópodes, da classe dos insetos, da ordem dos isópteros e da família dos termitídeos. é um inseto terrestre de corpo mole. As térmitas são xilófagas (inseto que rói e nutre-se de madeira), apresentando peças bucais roedoras e dois pares de asas idênticas, que vivem numa comunidade constituída por uma fêmea, a rainha (com um enorme abdómen), por machos, numerosas obreiras e numerosos soldados.

As colónias de térmitas são constituídas essencialmente por obreiras. Os soldados representam cerca de 5% dos indivíduos da colónia. Os indivíduos de cada casta são morfologicamente muito diferentes. Esta morfologia está relacionada com a especificidade da função que cada tipo morfológico desempenha. A rainha e os machos desempenham funções reprodutoras. As obreiras encarregam-se da construção dos ninhos, do transporte dos alimentos, do cuidado com os ovos, larvas e alimentação dos reprodutores e soldados.
As obreiras são indivíduos ápteros de cor esbranquiçada e aspeto mole. Os soldados, em que, como nas obreiras, se encontram machos e fêmeas, são dotados de um carater agressivo que permite defender as termiteiras dos seus piores inimigos, que são as formigas caçadoras. A cabeça dos soldados desenvolve-se e pode atingir um tamanho maior do que a restante parte do corpo. Os indivíduos sexuados com funções reprodutoras são os únicos seres da colónia providos de asas. Possuem olhos compostos, um par de olhos e antenas filiformes. As térmitas são espécies xilófagas, alimentam-se de celulose, pelo que atacam a madeira e o papel. As térmitas constroem ninhos na madeira ou no solo. Estas preferem locais de humidade elevada, já que se desidratam rapidamente quando expostos ao ar seco. Assim, quando procuram um local para construir um novo ninho têm em consideração o fato de ser um esconderijo e de fornecer um ambiente húmido. Expandem as colónias consumindo a madeira em todas as direções, eventualmente criando um só espaço vazio. As galerias das térmitas são revestidas por uma mistura de solo, partículas de madeira, fezes e saliva. Estas galerias, sempre paralelas à fibra, deixam uma fina camada superficial que impede determinar a sua presença.
São frequentemente detetadas pelo aparecimento de uma espécie de granulado junto aos rodapés, debaixo dos móveis, etc. Este granulado, que consiste em dejetos das térmitas, pode apresentar-se com diferentes tonalidades, esbranquiçadas, amareladas, avermelhadas ou pretas, consoante o tipo de madeira que as térmitas consumirem.
Outras provas de infestação são a presença de adultos voadores, restos de asas. As térmitas desenvolvem-se através de uma metamorfose gradual, passando pela fase de ovo, diversas fases ninfais e adultos das diferentes castas (rainha, obreiras, soldados, castas reprodutoras secundárias).
A função da reprodução está reservada ao casal real, sendo as outras atividades da colónia exercidas pelas ninfas, obreiras e soldados. Durante todo o período de vida, a rainha irá colocar ovos.
Ao longo do ciclo de vida, as térmitas sofrem metamorfoses para se desenvolver. Deste modo, a rainha coloca os ovos que se transformam em ninfas. As ninfas (processo de metamorfose incompleto), por sua vez, podem ser diferenciadas em obreiras, soldados e reprodutores alados. As obreiras podem ser divididas em dois tipos, sendo eles, obreiras verdadeiras, que são estéreis e obreiras funcionais, que são machos e fêmeas. Os obreiros funcionais têm a habilidade de converter-se para ninfa, e a partir daí transformar-se em soldados, que são reprodutores alados ou reprodutores de substituição, dependendo das necessidades da colónia. Quando este desenvolvimento está completo, os machos e as fêmeas deixam a colónia e formam enxames durante a primavera e o verão. Os enxames são o primeiro indicador de que existe uma colónia de térmitas. As térmitas podem constituir um sério problema a nível económico, uma vez que causa danos graves nas madeiras, nomeadamente mobiliário e alicerces de madeira da própria construção de infra-estruturas, colocando em risco a segurança dos ocupantes.
Os maiores danos são provocados pelas larvas, uma vez que fazem túneis subterrâneos que têm origem nas galerias do seu ninho e podem estar localizadas até 100 metros de distância/profundidade, sendo difícil detetá-las.
Para efetuar a Desinfestação Total da Térmita, devem ser efetuadas duas fases de tratamento.
Uma 1ª fase passa pela aplicação de um produto inseticida, produto este que pode ser aplicado por pincelagem, injeção ou pulverização, de forma a minimizar e colocar um ponto final nos estragos que estão a ser realizados dentro das instalações.
Posteriormente, e numa 2ª fase, a exterminação definitiva do infestante, visto que na 1a fase pode parecer que a situação está controlada, mas o infestante volta a atacar novas áreas. Esta medida preventiva e curativa passa pela instalação de um Sistema que corrige o problema e resolve, onde são colocadas estações (interiores e/ou exteriores), inicialmente com celulose, com o intuito de encontrar os canais de circulação da térmita, com visitas mensais, de forma a controlar a presença das térmitas, e se não existir interação, mudar as estações de sítio. Após a térmita interagir com a estação, será colocado isco tóxico, com reforços trimestrais. A colónia vai enfraquecendo e mesmo que surjam novas colónias, acabam por se extinguir.
Após a extinção total das colónias as estações poderão permanecer, como medida preventiva para o aparecimento de novas infestações, com visitas esporádicas, com o intuito de validar a existência de térmitas.

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