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Psicologia: Pais e Filhos - O Elogio

Psicologia: Pais e Filhos - O Elogio

Temos actualmente a confirmação de que a qualidade das interacções que os pais estabelecem com os filhos se constitui como o suporte para a construção de uma relação de intimidade, promovendo a confiança e a segurança. As relações emocionais afectivas que se estabelecem desde cedo nas crianças, alem de constituírem a base para o desenvolvimento intelectual, fomentam o afecto e o prazer.Deste modo, os resultados que a criança alcança em termos de desenvolvimento dependem significativamente dos padrões de interacção familiares dos quais a qualidade das interacções pais-criança e o tipo de experiências e vivências que a família lhes proporciona surgem como factores determinantes.

Refiro aqui Pais (mãe e pai), porque se tradicionalmente na nossa cultura o papel da figura materna era caracterizado pelo afecto e responsabilidade na prestação de cuidados e educação, sendo o da figura paterna mais direccionado para o apoio financeiro e para a figura de autoridade e disciplina, actualmente a paternidade abrange um grande número de actividades tradicionalmente perspectivadas como fazendo parte do papel materno. Apesar de o pai ter sido, até recentemente, remetido para um papel secundário no desenvolvimento da criança, espera-se hoje que esteja envolvido de forma mais activa e participativa nos cuidados e educação da criança.

Hoje falamos de elogios. Sim, elogios! Porque a única forma das crianças aprenderem um determinado comportamento é dando importância e valorizando esse mesmo. Se for apreciado e notado pelos pais, é provável que se repita. Se for ignorado, tende a desaparecer. Se a criança não recebe a atenção positiva, ou seja o elogio, quando se está a portar bem, vai fazer os possíveis para atrair atenção, desta vez de forma negativa, portando-se mal. A falta de reconhecimento do comportamento correcto, vai levar a mau comportamento.
Mas de que maneira é que podemos elogiar? A criança tem um pensamento concreto: os brinquedos arrumados vêem-se, a roupa dobrada vê-se, a inteligência não. Então... Pode ser mais importante a criança perceber que arrumou bem os brinquedos, ou dobrou a roupa como pedido, do que ser-lhe dito que é muito inteligente. Para tornar o elogio eficaz, este deve ser o mais específico possível, isto é, elogiar descrevendo exactamente o comportamento realizado pela criança ("Estou muito orgulhoso/a, arrumaste os brinquedo quando eu te pedi"; "Obrigado/a por limpares o quarto"; "Estás tão bem aí sentado/a na cadeira"). Os elogios vagos não são tão eficazes, precisamente por não serem tão precisos ("Lindo/a menino/a"; "Muito bem"; "Óptimo"). Ao elogiar é importante mostrar entusiasmo, expressando energia, sensibilidade e sinceridade. Sorria, olhe a criança com ternura.
Fundamental é, também, evitar conjugar o elogio com a crítica. É das coisas mais confusas que podemos fazer à criança. Se estiver preocupado em recordar falhas anteriores ou comportamentos menos perfeitos quando elogia, ela vai deixar de tentar fazer bem aquilo que lhe é pedido. A atenção deve ser focada apenas ao momento actual. Mostre que aprecia o novo comportamento.
O elogio deve ser imediato. Porquê? Porque só é eficaz se for dito nos 5 segundos imediatamente após o comportamento.
O comportamento da criança não tem de ser perfeito para ser digno de elogio. Elogiar as tentativas e o esforço, motiva e reforça a vontade de continuar a perseguir o seu objectivo.
Lembre-se que devagar se vai ao longe! É preciso dar tempo à criança para crescer e para se desenvolver e, portanto, não esperar mudanças imediatas no comportamento e na atitude. As crianças precisam de espaço para descobrir, sentir e aprender com os próprios erros e para fazer correcções. Precisam de tempo para crescer.

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