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João Elias (Stagric) fala-nos do Ozono em substituição dos fitofármacos na agricultura

João Elias (Stagric) fala-nos do Ozono em substituição dos fitofármacos na agricultura

João Elias é administrador da Stagric, uma das principais indústrias nacionais no seu setor.
Soubemos do seu empenhamento na criação e colocação no mercado agrícola de uma máquina que substitui os tratamentos/pulverizações com fitofármacos por tratamentos utilizando o Ozono.
Fomos conversar com este empresário, que tem instalações fabris nas Carreiras - Carvoeira, em Torres Vedras, e tentar perceber quais as vantagens, benefícios e custos da opção “Ozono”.

Revista Festa - A utilização do Ozono em deterimento dos fitofármacos na agricultura está a ganhar seguidores. Este sistema é uma inovação vossa ou nem tanto?
João Elias - A pulverização por Ozono não é uma invenção nossa. Quem a utiliza há mais tempo são mesmo os nossos vizinhos espanhóis, com agricultores de muito sucesso, em especial na região de Rioja e La Mancha, a utilizar este tipo de pulverização há mais de uma dúzia de anos.
Há dois anos a esta parte os agricultores nacionais, que viajam bastante pelas feiras internacionais, começaram a questionar-nos se não tínhamos também este sistema disponível.
Nessa altura pouco conhecíamos desta opção, fomos investigar e fizémos um acordo no primeiro ano com um fabricante espanhol que nos cedeu “kits” de Ozono.
Era uma empresa muito pequena, que embora fizesse as coisas bem feitas tinha alguns problemas de produção e de resposta.

Revista Festa - Tendo reconhecidas capacidades de investigação e industrial foi isso que vos levou a criar a vossa própria máquina?
João Elias - A partir dos ensinamentos que adquirimos no primeiro ano, com alguns problemas a ter que resolver junto dos nossos agricultores, no campo, tivémos oportunidade para criar uma máquina mais capaz e de melhor qualidade, que funcionasse com uma extrema simplicidade de forma a simplificar a vida a que a utiliza.

Revista Festa - Mas afinal, qual a vantagem da utilização das pulverizações com Ozono em deterimento da utilização dos fitofármacos que tradicionalmente os agricultores utilizam ou utilizavam?
João Elias - São duas as principais razões que lhe posso apontar assim de imediato. Primeiro, para o agricultor, este tipo de pulverização tem um “custo zero”, só necessitando de se utilizar água, de qualidade satisfatória para ozonar com facilidade, enquanto para a utilização dos fitofármacos temos situações, em especial no caso das árvores, em que um tanque de 2.000 litros leva 500 a 600€ de produto lá dentro.
A pulverização com Ozono não é suposto atacar as doenças que a planta tenha, mas ao matar os ovos dos impestantes interrompe o ciclo de criação dos mesmos, sendo que os adultos acabam por morrer e os ovos e as larvas são destruídas. O princípio da utilização do Ozono será então a desinfeção em prevenção, o que quer dizer que não é adequado para utilizar numa árvore/planta que esteja completamente atacada, mas sim antecipando essa situação de forma preventiva, evitando que as doenças apareçam.

Revista Festa - Como é a máquina em si, é muito onerosa?
João Elias - Nem por isso. Se estivermos a falar de uma máquina de pulverização de 2.000 litros, que possa custar próximo dos 10.000€, para esta máquina o custo situa-se cerca de 40% acima desse valor, mas com a poupança em fitofármacos já referida a diferença dilui-se ao fim do primeiro/segundo ano.
Por exemplo, temos aqui a sair uma para entrega a um grande produtor vitivinícola, que a está a adquirir pela primeira vez, mas como se trata de empresários que fazem muitas contas, e as sabem fazer, calculo que esta seja a primeira de várias encomendas, porque a máquina, e o sistema, funciona mesmo garantidamente, tendo para além da redução de custos uma mais valia em termos de saúde para o consumidor final.

Revista Festa - Quer dizer que o Ozono já faz parte do presente mas ser, sobretudo o futuro?
João Elias - Pensamos que sim, pois os produtos químicos cada vez estão mais caros, em especial de pois do início da guerra deu-se uma subida exponencial, este tipo de utilização para além do valor da máquina não tem mais custos. É só colocar água e pulverizar.
Depois, tem a vantagem relativamente aos fitofármacos de não deixar resíduos nas plantas o que, para a saúde humana, é de extrema importância.

Revista Festa - Estão presentes na Feira Nacional de Agricultura (Santarém), vão estar também na Feira de São Pedro (Torres Vedras)?
João Elias - Desde o início da pandemia que não vamos à Feira a Torres, porque se trata de uma mostra só para aqui para a região, depois, sendo no seguimento da Feira de Santarém iriamos estar quase um mês seguido em certames, o que não é muito comportável para nós. A juntar a tudo isso há ainda a somar a forma como a organização constantemente vinha ignorando os expositores exteriores, outro motivo de desagrado a juntar a isso e que não nos motiva a estar presentes.

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