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António  Espírito Santo fala-nos das novas infra-estruras  que estão a “crescer”... mesmo no centro do Ramalhal

António Espírito Santo fala-nos das novas infra-estruras que estão a “crescer”... mesmo no centro do Ramalhal

Fomos até ao Ramalhal (Torres Vedras) e conversámos com António Espírito Santo, o presidente da Junta de Freguesia, para nos falar, muito em especial sobre as novas infra-estruturas que estão a ser construídas e que englobam uma escola EB, um pavilhão polidesportivo e, numa segunda fase, uma nova e moderna unidade de saúde.

Revista Festa - Todas estas infra-estruturas já se encontram em fase de construção?

António Espírito Santo - É verdade, mas tudo isto começou muito antes.

Existia ali um terreno, que era do extinto IVV e onde era para ser construída uma unidade de engarrafamento, mas tudo se alterou com os tempos e o  IVV colocou o terreno à venda. Era um espaço apetecível para ser urbanizado mas também o era para a Junta e para a população. A Junta não tinha dinheiro para o adquirir e, após algumas negociações, acabou por ser a Câmara a tomar a iniciativa.

Festa - Foi fácil convencer a Câmara?

António Espírito Santo - Não foi muito complicado. Foi mais uma questão de logística com os pagamentos, mas a Câmara contraíu um empréstimo a cinco anos e tudo correu bem. Até porque o Ramalhal não tinha qualquer terreno que possibilitasse a construção de qualquer infra-estrutura e aquele espaço, devido à sua centralidade, devido à sua integração na malha urbana, era muito importante para a população.

Festa - Como surge a oportunidade de lá construir estes equipamentos?

António Espírito Santo - Em Torres Vedras começa, entretanto, a surgir a ideia da construção de novos centros escolares, que proporcionam uma outra modernidade e melhor qualidade de ensino, e acabou por ser ali que se projectou a construção do centro escolar do Ramalhal.

Uma outra lacuna que a população destas povoações tinham era relacionada com instalações para a prática desportiva, pois, para além do campo de futebol nada mais existia. Após conversações com o município acabou por também se assumir esse projeto, conseguir financiamento para o mesmo e a obra está igualmente em curso, adjacente às escolas.

Festa - Em que fase nos encontramos?

António Espírito Santo - A Unidade de Saúde ficou para uma segunda fase, pois já existe um projeto aprovado mas foi pedida a sua revisão, tendo depois que se encontrar financiamento o que penso não ser o principal problema. O centro escolar e o pavilhão polidesportivo espera-se que estejam concluídos antes do início do próximo ano lectivo, o que corresponderá sensivelmente ao final de verão do próximo ano.

As obras estão avançadas e a decorrer a bom ritmo e tudo aponta para que os prazos sejam cumpridos.

Festa - Foi bom ter-se adquirido este terreno?

António Espírito Santo - Sim, claro! 

É um terreno com dois hectares, vinte mil metros que ficam ao serviço da população, com estes três equipamentos, mas também com uma pequena zona verde e um assinalável número de estacionamentos (mais de uma centena) a servir de suporte as mesmos e aos bairros circundantes. Por isso, acho que é sempre uma mais valia.

Festa - Qual a real localização?

António Espírito Santo - A localização é mesmo central, dentro do Ramalhal, ou seja, saindo do centro da localidade em direção à estação ferroviária, fica a uns cem metros do cruzamento da estrada nacional, ao lado esquerdo. Primeiro o espaço para a unidade de saúde, ao meio o centro escolar e no final o pavilhão polidesportivo.

Festa - Já sabem quantos são e como vão ser distribuídos os espaços no novo centro escolar?

António Espírito Santo - Claro que sim, faz parte do projeto a inclusão de seis salas de aula para o primeiro ciclo e quatro para o jardim de infância. Depois teremos ainda um recreio exterior coberto, algumas zonas de recreio descoberto, com relva e alguns equipamentos: um refeitório, cozinha, biblioteca, sala para os professores e educadores, uma sala polivalente, enfim, são de facto um número considerável de salas, equipamentos e estruturas que se vão traduzir, para além do bem-estar de crianças, educadores e assistentes, numa evolução muito significativa da qualidade de ensino para todas estas crianças da freguesia. Não vão existir aquelas sobreposições de crianças de anos diferentes numa mesma sala de aula, porque os alunos de cada ano passam a estar todos juntos, só com crianças que frequentem o mesmo ano de escolaridade. Há salas dife-renciadas para todos os anos.

Festa - O centro escolar vais abranger que área. Só a freguesia do Ramalhal?

António Espírito Santo - Sim, em particular será essa a intenção, mas vai permitir, para além da qualidade e benefícios já referidos, uma libertação de meios que a Junta neste momento tem que agregar, com enorme esforço, ao transporte e deslocação das crianças, de forma a que em cada escola os alunos já estejam separados por anos, embora em locais diferentes. Para conseguirmos isso temos que ter a funcionar primeiro ciclo no Ramalhal e os jardins de infância no Ameal e na Abrunheira.

Festa - Com a construção do polidesportivo prevê-se igualmente o surgir de grupos de desportos de pavilhão?

António Espírito Santo - É natural que sim. Penso e acredito que o polidesportivo, para além do apoio à escola, irá servir igualmente para o apoio ao desporto sénior que vem sendo desenvolvido em conjunto com a Câmara, mas também o Grupo Desportivo do Ramalhal, que já tem instalações com relvado sintético e diversos escalões de formação, e será uma das entidades a ser convidadas para usufruir deste espaço, talvez para o futsal que é aquele que reúne mais adeptos por aqui mas não obrigatoriamente, assim como poderão surgir outras associações interessadas na sua utilização, que serão sempre de considerar e apadrinhar.

Festa - Deve ser com muito orgulho que vê nascer estas infra-estruturas?

António Espírito Santo - Claro que sim, é uma satisfação enorme, em especial para um autarca que tem a longevidade que eu tenho, ver aproximar o final de alguns destes projetos que já têm anos. Foram muitos anos meus, e das minhas equipas, a lutar para que fosse possível serem tornados realidade. Não é nada meu, como é evidente, são estruturas da população, mas a satisfação que sinto é como se as obras também fossem para mim, como se de coisas minhas se tratasse. 

O carinho que uma pessoa dá, a dedicação, o esforço, é quase como se estivesse a gerir a minha casa, só que neste caso a bem de toda a população.

Foram dias bons e dias menos bons, muito ânimo e desânimo foram surgindo ao longo destes anos, mas nunca me deixei abater nos piores momentos e agora a obra está aí, quase terminada e disponível para as nossas crianças e para a nossa população. 

Valeu a pena!

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