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Chevrolet e Ferrari fazem-nos viajar no tempo

Chevrolet e Ferrari fazem-nos viajar no tempo

Um pouco por todo o mundo, os adeptos da ‘coisa automóvel’ são susceptíveis a revivalismos e a reinventar supercarros, principalmente utilizando os maiores ícones da indústria.
Os Norte-americanos perpetuaram essa tendência com enorme cumplicidade dos construtores. Entre os europeus também acontece, mas com muito menor conivência das marcas.
O conceito do modelo Camaro, da Chevrolet, do Mustang, da Ford, e do Challenger, da Dodge servem esses propósitos desde sempre. Os modelos são vistos como uma espécie de irmãos e de um idealismo, mais ou menos romântico, de observar uma indústria onerosa que teve o condão de superar as maiores crises e as expectativas das suas vendas, neste caso ao longo de cinquenta anos. Estamos perante três roadster extraordinários.


Entre os construtores europeus raramente sobrevivem modelos por mais de uma década e o ressuscitar de modelos antigos acontece de forma inconsistente e por estabelecimento de tendências, mas na maior parte das vezes com demasiadas modernices, contrariando argumentos tecnológicos bem mais preciosos.
Desta vez, a Chevrolet e a Ferrari são notícia e por revivalismos inopinados: a Specialty Vehicle Engineering (a empresa SVE) homenageia a versão “Yenko Camaro” de 1967, com uma versão de 1000 cavalos, enquanto a Ferrari reacende a memória do modelo Monza Scaglietti de 1955, construindo uma jóia com 812 cavalos.
Num mercado cada vez mais competitivo, com o lançamento sistemático de ‘SUV’, veículos utilitários desportivos, e utilitários que incorporam fundamentalmente tecnologias de comunicação, mesmo no domínio da condução autónoma, bem como de viaturas hibridas ou totalmente eléctricas, cuja pegada ecológica levanta muitas dúvidas, há marcas que continuam a apostar no automóvel ‘exclusivo’ de maior singularidade, onde a inovação tecnológica se debruça essencialmente nos materiais de construção e na electrónica que sustenta a gestão dos órgãos mecânicos e da eficiência energética, num paradigma ambiental também necessário aplicar em super desportivos, mesmo nestes casos em que a utilização não será quotidiana.

Homenagear Don Yenko
O novo Yenko Camaro Stage II é o exemplo concreto de como a indústria automóvel americana sempre deixou espaço aos preparadores independentes para serem cons-trutivos, tal como acontece agora com a SVE que, com a bênção da marca, modificou a versão ZL1, que é equipada com um motor V8, de 6,2, com 650 cavalos: Aumentou-lhe a cilindrada para 6.800 c.c., com um novo bloco em alumínio, cabeças, pistões e injectores alterados e um compressor mecânico desenhado e construído pela própria SVE. A potência avançou mais 350 cavalos para os 1000 anunciados. Aperfeiçoadas foram também as suspensões, sistema de travões e a tipologia dos pneumáticos, enquanto foram redesenhados e personalizados alguns pormenores do interior e do exterior, incluindo o próprio porta-chaves que é entregue com viatura.
A Specialty Vehicle Engeneering propõe-se contruir apenas 25 exemplares a um preço – para o mercado Norte-americano - de 111.990 dólares, aproximadamente 98.800 euros.
Esta versão especial é principalmente uma homenagem a Don Yenko, o piloto e engenheiro, autor da primeira versão Yenko Camaro (construída de 1967 a 1969) que faleceu num desastre de aviação em 1987. Este engenheiro foi o mentor da Yenko Chevrolet, uma empresa concessionária da marca que funcionou entre 1949 e 1982, em Canonsburg, na Pensilvânia, ficando conhecida entre os adeptos dos muscle cars norte-americanos, canadianos, europeus e australianos. Don Yenko transformou e personalizou modelos Camaro: No primeiro, substituiu o motor 6.4 V8 por um V8 de 7.000 c.c., que era então montado no modelo Chevrolet Corvette, mas já com remodelações na cabeça e na admissão (então por um sistema múltiplo de carburadores), conseguindo uma potência de uns incríveis - à época - 450 cavalos. Tal como agora, o engenheiro Yenko montou novas suspensões, travões, jantes e pneus e redesenhou a entrada de ar na tampa do motor para melhorar o sistema de arrefecimento.

Reinventar o Ferrari Monza
A Ferrari decidiu reinventar um dos seus modelos mais emblemáticos e procurados pelos maiores colecionadores: O Monza Scaglietti de 1955 que, em 2017, protagonizou uma aquisição milionária num leilão da RM Sotheby, em Itália, por 3,375 milhões de euros.
Chamam-lhe Monza SP e serve ao lançamento do segmento ícone que incluirá apenas séries especiais limitadas. Neste caso, o construtor propõe o regresso aos barchetta desportivos das décadas de 50’ e 60’ do século passado, como único modelo capaz de transmitir a sensação de velocidade usualmente só possível num veículo de competição como um Targa ou um Fórmula.
A Ferrari propõe um veículo monolítico, sem tejadilho, construído em carbono, com terminologias de ponta já utili-zadas no recente modelo 812 Superfast. É precisamente sobre a base deste modelo que o Monza é fabricado, mantendo-lhe o motor atmosférico V12 de 6,5 litros de cilindrada mas com mais 10 cavalos, ou seja um total de 810 cavalos. Obteve-se uma relação peso/potência ímpares, de 1,85 quilos por cavalo.
Os limites são inacreditáveis: aceleram dos 0 aos 100 km/h em 2,9 segundos, precisam de 7,9 segundos para atingir os 200 km/h e em menos de 20 segundos ultrapassa os 310 km/h. O preço é inimaginável para a maioria das carteiras: 3,3 milhões de dólares.
A homologação poderá obrigar a marca a produzir 500 unidades. O Monza foi oficialmente apresentado no salão de Paris, em Outubro último, com duas versões: ora para condutores individualistas (o SP1 monolugar), ora para os que gostam de conduzir acompanhados, um biposto sob a designação SP2.

Read 3036 times Last modified on quarta-feira, 06 fevereiro 2019 23:46
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