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José Agostinho e Susana Alves falam com emoção dos quase 60 anos da Gareal, do que representa para a família e das suas recentes novas instalações

José Agostinho e Susana Alves falam com emoção dos quase 60 anos da Gareal, do que representa para a família e das suas recentes novas instalações

Deslocámo-nos até casa de um amigo, não só um amigo nosso mas um amigo de Torres Vedras e da generalidade das pessoas que aqui residem, e não só, pois é uma pessoa que tem amigos um pouco espalhados por todo o país.

Foi, durante décadas, uma das principais imagens de um dos clubes mais representativos da região, com muitas alegrias e algumas tristezas, mas oferecendo o seu empenhamento sem qualquer queixume ou sem regatear qualquer esforço. E sabemos que muito foi o esforço que lhe foi exigido.

É, também, administrador de uma das principais entidades financeiras torrienses, onde, há muitos anos vem dando o seu contributo para engrandecimento da mesma.

Mas a visita, desta feita, prendeu-se com a inauguração de um espaço lindo, agradável e extremamente funcional que, ao fim de quase seis décadas de existência, acaba de inaugurar à saída da cidade de Torres Vedras, na Zona Indus-trial Cruz do Barro, e onde oferece, desde sempre e em exclusivo, a distribuição de uma das mais conceituadas marcas de tinta em Portugal.

José Agostinho, e a sua filha, Susana Alves, receberam-nos de braços abertos com a simpatia que sempre os caraterizou, aliás, uma das “imagens de marca” da família e da própria Gareal. Assim se chama a empresa, uma empresa de sucesso, conseguido com muito trabalho mas sempre com muita segurança e estabilidade.

Numa visita às instalações, percebemos toda a modernidade colocada na sua concepção, existindo áreas onde tudo funciona na perfeição, desde locais onde a arte de bem receber é elevada ao limite, à exposição, armazéns, espaço de formação, copa e, muito em especial, um parque amplo e funcional para estacionamento, carga e descarga de produtos, que tanta falta fazia nas antigas instalações, mesmo no centro da cidade de Torres Vedras onde, no passado, foram recebidos os parceiros e amigos neste mais de meio século de existência.

Mas, vamos então iniciar a conversa com o casal, pai e filha, presente e futuro da empresa, sempre acompanhados de perto pelo genro, Pedro, marido da outra filha, Marta, que igualmente se vem a dedicar de corpo e alma ao negócio da família.

Vamos procurar saber as razões que, quando se preparam para festejar os 60 anos de existência, os levou a mais este determinante passo.

Revista Festa - José Agostinho, como se sente neste momento de mudança?

José Agostinho - Este é um marco na minha vida e o meu próprio agradecimento aos meus pais e aos meus sogros, ao meu irmão e à própria Robbialac. São 60 anos com a marca e 60 anos são “uma vida”.

 

Festa - Essa é uma etapa que se prepara para comemorar, certo?

José Agostinho - O aniversário é no dia 1 de Julho do próximo ano. É nessa altura que se completam os sessenta anos de existência.

 

Festa - Vamos ter uma festa “em grande”?

José Agostinho - Não sei. De facto gostava muito de convidar os meus clientes, os meus amigos, os nossos parceiros, para uma festa em grande mas, com a situação atual, não é possível saber “o dia de amanhã”. Gostava de fazer, em especial como mais uma prova de agradecimento aos nossos clientes, porque eles são os nossos verda-deiros patrões.

 

Festa - A mudança para as novas instalações na Zona Industrial Cruz do Barro, deu-se porque?

José Agostinho - A principal razão da mudança é o poder servir melhor o nosso cliente. Isso implica ter um parque de estacionamento capaz e todas as condições condignas para os receber.

Nas outras nossas instalações, na Rua 1º de Dezembro, estávamos numa rua pedonal com as inerentes dificuldades em chegar um carro, em chegar uma carrinha, em estacionar. Então tive que resolver essa situação, primeiro abrindo o pavilhão mais antigo que tínhamos aqui ao fundo desta rua, mas que veio a tornar-se, também ele, insuficiente em termos de espaço e de parqueamento, depois optando por esta solução nova, onde nos encontramos, onde foi possível criar todas as condições para receber e servir os nossos clientes com comodidade e eficiência.

 

Festa - Isso quer dizer que os diversos serviços foram todos centralizados neste novo espaço?

José Agostinho - É verdade. Aqui fica a loja, armazém, serviços administrativos, espaço para formação e copa, com este parque amplo de estacionamento em frente. Tudo isto vem simplificar muito a nossa vida e a vida de quem nos visita.

 

Festa - Qual o “feedback” que tem sentido por parte das pessoas, clientes e amigos?

José Agostinho - Ficam muito satisfeitos e transmitem-nos isso mesmo. Alguns deles até tinham deixado de o ser, por nos situarmos no local em que estávamos, onde não conseguiam parar, onde tinham constantemente “chatices” com os parquímetros e com a própria polícia quando estacionavam, o que tornava a visita algumas vezes um pouco desagradável. Mesmo essas pessoas acabam por reaparecer e por manifestar-nos a sua satisfação pelo facto de os podermos receber aqui, com toda esta comodidade e eficiência.

 

Festa - Desde quando estavam na Rua 1º de Dezembro, no centro da cidade?

José Agostinho - Desde sempre. Desde o primeiro dia que estou nessa loja antiga e na parceria com a Robbialac.

 

Festa - Como se dá essa parceria com a Robbialac?

José Agostinho - Esta parceria dá-se porque o meu sogro já era agente da marca, na Drogaria Galileu, na Rua 9 de Abril. Entretanto, o Sr Damasceno, da Robbialac, em conversa com o meu sogro propõe-lhe uma parceria mais forte e sugere-lhe que passe a ser distribuidor da marca, em exclusivo. O meu sogro não demonstrou muito interesse nessa alteração tão profunda de funcio-namento mas disse que ia pensar.

Entretanto eu já namorava a minha mulher, soube da proposta e acabei por entusiasmar muito a minha sogra e o meu sogro, que acabou por aceitar a proposta mas para eu ficar com a distribuição e em boa hora o fez. Penso que foi uma boa aposta ao ponto de neste momento, a fim de quase sessenta anos, ser o único distribuidor oficial exclusivo da marca no país. Quando falo em Robbialac quase que sinto que estou a falar da minha vida.

 

Festa - Quer dizer que foi um namoro para a “vida toda”. Com a esposa e com a Robbialac?

José Agostinho - Foram dois casamentos perfeitos, mesmo para a vida toda.

Pelo meio fui assediado por diversas outras empresas e marcas, muitas mesmo, mas mantive-me sempre fiel à marca. Sinto a Robbialac como sendo a minha segunda casa. Depois é uma questão de qualidade e de relacionamento com o cliente, em que a marca sempre me ensinou a tratar primeiro de uma reclamação que de uma boa obra, e outros valores semelhantes, que sempre prezei muito e tem cimentado esta relação duradoura. São coisas a que dou muito valor e que tornam o nosso cliente num amigo que sabe que pode ter toda a confiança em nós, no nosso produto e na forma responsável e empenhada como o servimos. Não há muitas marcas, hoje em dia, a permitir este tipo de relacionamento que muito prezo e que são valores que tento passar à minha filha Susana, e ao meu genro Pedro, marido da minha outra filha, a Marta, que neste momento me acompanham neste projeto.

 

Festa - Consigo está a sua filha Susana e o marido da outra sua filha?

José Agostinho - É verdade mas os meus genros são como meus filhos também, pois tratam bem as minhas filhas e tenho que os tratar de uma forma muito especial e cari-nhosa como se filhos fossem.

Mas é verdade, a Susana, embora seja professora e o Pedro Rodrigues, também ele professor, ajudam-me na empresa que um dia vão assumir. A Marta está na Câmara / Proteção Civil e o marido da Susana é comandante do Navio Escola Sagres e são um apoio diferente.

 

Festa - A Susana também é professora?

Susana Alves - É verdade, na Lourinhã, há vinte e qualquer coisa anos…

 

Festa - Como sente este negócio da Gareal. Está-lhe no coração?

Susana Alves - Completamente. Nós crescemos dentro e com a Gareal, que sempre fez parte da minha vida, da vida da minha irmã e de todos nós. Há aqui uma afetividade muito grande, até pelo que se percebe de tudo o que o meu pai já referiu. Obviamente que esta nova fase do projeto e do desafio que o meu pai me colocou, a mim e ao meu cunhado, deixou-nos muito felizes e muito contentes, porque no fundo Gareal representa família para nós.

 

Festa - Era capaz de deixar de lecionar para se dedicar em exclusivo ao negócio da família?

Susana Alves - Se calhar… É difícil, ainda não coloquei a questão dessa forma embora seja possível que a tenha que colocar no futuro, embora o ensino sempre tenha sido a minha paixão.

 

Festa - “Herdou o ensino” da sua mãe?

Susana Alves - Também e na mesma área, matemática. Ainda é com muito gosto que vou para uma sala de aula e me consigo desligar de tudo o resto, embora os tempos não estejam fáceis no ensino, em especial para os professores.

 

Festa - E quando não vai para a escola e vem para a Gareal, como se sente?

Susana Alves - Sinto-me igualmente bem.

Venho com muito prazer e com muita vontade, em especial de aprender, porque esta também é para mim uma situação nova.

 

Festa - Tem sido fácil?

Susana Alves - Tem sido, porque temos parceiros ótimos e um conjunto de colegas, e uma equipa, que já conheço há muitos anos e neste caso tem sido muito facilitador, porque existe uma enorme etreajuda entre todas as partes, mas continua mesmo a ser a ser um “mundo” novo para mim.

 

Festa - Isso quer dizer que o futuro da Susana vai passar por aqui?

Susana Alves - Isso seguramente. Certamente que sim.

 

Festa - E o José Agostinho, como está a perspectivar o futuro da Gareal?

José Agostinho - Primeiro, penso que a nossa vinda para aqui, para este espaço, já nos está a permitir recuperar clientes e conseguir alguns novos, quer pelas condições oferecidas quer pela facilidade em aqui chegar, sem ter sequer que se passar por dentro do centro da cidade. Essa é uma questão fundamental para o nosso sucesso futuro.

A presença da minha filha Susana e do meu genro Pedro também penso que é outra enorme garantia de continuação e sucesso para a empresa. O Pedro acho que é uma pessoa talhada para me substituir e a Susana a mesma coisa. Ambos são pessoas muito empenhadas e extremamente simpáticas, o que penso será um garante  de bom funcionamento aliado a uma empatia cativante para com os nossos amigos e clientes.

Com tudo isso penso que o futuro está assegurado. Melhor, tenho a certeza que sim, que está mesmo e é muito promissor.

Pela minha parte, já não posso apoiar durante muitos anos mas enquanto o puder fazer a Gareal também vai poder continuar a contar comigo, claro.

Susana Alves - Claro que o meu pai vai ter que continuar a estar presente e a liderar, porque ele é “a peça”, é a alma desta empresa e precisamos muito dele aqui. Quanto ao futuro, como o meu pai disse penso que estará assegurado, pelo menos acreditamos que sim, por isso demos mais este passo agora….

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